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ENSINO

Escola, lugar de Experiências, lugar de Tolerância

            Diante de uma sociedade de consumo, urbana, com relações mediadas pela tecnologia, com concentração de riquezas, das fontes de informação, acesso restrito aos bens culturais, com múltiplos referenciais e identidades, que se reconstroem e se ressignificam constantemente; a Escola tem de se adequar a esta realidade, que a desafia todo instante.

           A Escola tem por obrigação lidar com a diversidade apresentada pela sociedade, a partir de referenciais de valores éticos que tenham por princípio o respeito aos direitos e liberdades individuais e à tolerância às opções dentro desses mesmos valores. É necessária a aprendizagem, sendo a Escola espaço de socialização, da relação com a alteridade como complemento do indivíduo e como meio de referenciar-se. Daí se impõe o combate às formas de discriminação e preconceito, seja de gênero, seja de cor, condição social, credo, idade ou orientação do desejo.

            Sabemos ser difícil, nas condições sociais que se apresentam. Temos tradições perversas que precisam ser superadas para estabelecermos novas relações dentro da sociedade. Ainda impera a violência como forma de resolução dos conflitos, que leva ao esgarçamento do tecido social, ainda mais num ambiente urbanizado, onde a vida comunitária é substituída pelo individualismo consumista e a perspectiva do Ter se sobrepõe cada vez mais à perspectiva do Ser e a Estética se sobrepõe à Ética.

            O papel da Escola então, cada vez mais preponderante é a orientação dos saberes que leve o/a aluno/a para a ordenação do mundo a sua volta de maneira que possa construir o seu espaço de bem estar onde se inclua uma boa relação com o outro, tendo por princípio a tolerância e a solidariedade.

Escola, lugar de Reflexão

            A Escola Alberto Torres segue os princípios legais emanados da Constituição Federal de 1988, que embasam a Lei 9694/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN), assim como o que preceitua a Constituição Estadual de Pernambuco, de 1989 e a legislação complementar, destas decorrentes.

            Tais dispositivos garantem uma Educação plural, voltada para a formação do indivíduo, garantindo o acesso e permanência, o combate à discriminação e o preconceito, valorizando a cultura e a contribuição dos diversos grupos sociais.

            Inspirando os dispositivos legais e as normatizações que deles emanam, estão princípios a serem seguidos na construção de uma Educação voltada para a integralidade do Ser Humano e o desenvolvimento de suas potencialidades para atuar socialmente, ciente de seu papel perante o outro e na construção de uma Cidadania plena:

- os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum;

- os princípios políticos dos Direitos e Deveres da Cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática;

- os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

Entretanto, a realidade que se apresenta aponta para uma diversidade de situações que desafiam a intenção da utopia cidadã, quando a Cidadania muitas vezes se apresenta como excludente – como coisa almejada, condição a ser conquistada – ao invés de relação entre iguais, estado inerente ao indivíduo. Situação que força a subordinação da Educação à esfera econômica, quando o “mercado exige” uma maior escolarização.

          Tal perspectiva muda inteiramente o foco da Educação, super-expondo seu caráter meramente utilitário, o seu valor de uso – que leva à pressões sobre a Escola e o profissional, que passam a ter seu ritmo ditado pelos parâmetros da indústria e seus resultados aferidos e quantificados numericamente como em escala de produção, o que configura novas identidades bem próximas da "reificação", o Diretor foi mudado em Gestor; o aluno, assume o duplo produto/cliente e professor se enreda nas malhas da produção, carregando toda a responsabilidade pelo insucesso, sem ver creditado méritos nos sucessos, geralmente atribuídos à “políticas educacionais”. Os reflexos disso, junto com a carga de trabalho, o desgaste das relações conflitantes em sala de aula, a desvalorização social, o salário inadequado, a falta de perspectivas, etc. são por demais sabidos, embora desconsiderados.

             Por outro lado, ainda existe um percentual grande da população excluída da perspectiva cidadã sobrevivendo do trabalho infantil, subemprego, economia informal, quando não o desemprego ou os benefícios sociais comemorados pelos governos; ou estratégias de sobrevivência a margem da lei. Situação que compromete as relações familiares e a própria sobrevivência, afetando o desenvolvimento da criança e do adolescente e, claro, o seu rendimento escolar. Situação esta, devemos ressaltar, da existência dos paradoxos de pré e pós modernidade, que consideramos Universo Paralelo, quando falta acesso à privada mas se tem garantido o acesso à telefonia celular.

             Nessa conjuntura, cabe a Escola propor-se enquanto instituição, diagnosticando seus problemas e potencialidades, reinventar-se, sem perder sua identidade historicamente construída, para realizar sua razão de ser.

              O objetivo precípuo de qualquer escola deve sempre ser a melhora de seu desempenho, verificadas as lacunas no cumprimento de sua função social.

80 anos educando com responsabilidade

© 2016 por Escola Alberto Torres

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